sábado, 1 de junho de 2013

Sou aquilo que me move.

Sou aquilo que me move, sou o vento que me leva. Sou o que me faz feliz. Sou aquilo que me deixa triste. Sou o despertar da noite escura, o grito assombroso do calar da noite. Sou o despertar do dia claro, o sussurro doce de um bom dia. Sou o ponto e o contra-ponto. O que é e o que foi. Sou aquilo que é e já deixou de ser. Sou o ser e o não ser. Sou a questão que não se responde. Sou o caminho, sou o onde. Onde se perde e se acha, o que caminha sem destino, que não se acha no caminho que sou. A volta e o começo, a repetição e o avesso. Sou o indo e o vindo, sou o aqui e o agora. Sou o que sou por ai à fora. Sou o que se acha, mas não se finda, aquilo que vai, caminha e ainda não se perde nesse caminhar confuso, aquele que não tem fuso e que se perde no passar das horas, que caminha entre os carros, deixa cigarros, bebida, que entra na noite escura e que não se move. Sou o vento que me aquieta, o que me entristece e me faz feliz. Que dorme na noite escura, que silencia os gritos da noite calma. Sou as revoltas de minha alma, o escárnio de um mal dia. O beijo doce que me cala, a noite fria que me esquece, os sonhos em branco que me deixam. Sou a busca incessante pelo que sou.

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