sábado, 27 de agosto de 2011

Nascido em 1987

Eu nasci na época em que a Europa assinava tratados para se unirem. No tempo em que os russos lançavam para o alto, ao invés de bombas, lataria para construir a bomba ambulante que era a estação espacial MIR.

Poucos meses antes de nascer, morria o poeta, compositor e cantor José Manoel Cerqueira Afonso dos Santos. Um homem com um nome grande desses, e sendo quem era, não merecia morrer tão jovem, no auge dos seus 58 anos. Mas a esclerose neurológica não é brincadeira, e se assim o fosse, para aliviar o assunto, trataríamos que de tanto pensar, os neurônios esqueceram de se cuidar.

Dez dias depois de nascer, acontecia um dos maiores acidentes nucleares, Chernobil, e certamente, sem conhecimento e consciência, não podia agradecer por ser brasileiro. Meses depois eu agradeceria por, além de ser brasileiro, de ser pernambucano, já que em setembro daquele ano, acontecia um outro acidente nuclear, em bem menor proporção, lá em Goiânia, chamado de Césio-137.

No mesmo ano, para fechar com chave de ouro, Brasília é declarada Patrimônio da Humanidade. Abre aspas: O que será que eles tinham na cabeça?! Rsrs... Fecha aspas! Mas, pior seria, se tivesse sido declarada Patrimônio da Honestidade! Rárárárá. Amo meu país, mas certos políticos brasileiros me envergonham, adoraria que fossem um ou dois, quiçá uma meia dúzia, mas é bem mais do que doze dúzias e meia.

Retorno

Retorno então com o mesmo pensamento de outrora... martelando... lembrando do velho Rilk. “Morreria se me fosse vedado escrever?” Observei então a data da última postagem. Sete meses de escuridão nas palavras, sete meses de vida entrando, mas senti essa falta de colocar essa vida em palavras. E assim sendo, aguardem que vem mais por ai!