quinta-feira, 27 de junho de 2013

Como é amar?

        De súbito me perguntam, assim, mesmo sem esperar: como é amar? E sem nem pensar muito, respondo: É poder sorrir e chorar tendo certezas... Certeza de que cada lagrima é verdadeira, cada sorriso vem da alma, que tudo é sincero... E que por mais que seja efêmero, é verdadeiro, porque na verdade, para o amor, não existe essa quarta dimensão, o tempo. Só existe a profundidade do sentimento, a largura de um abraço e a altura de um beijo. Quanto ao tempo, ah o tempo, esse não existe para o amor.


        Sobre muito mais gostaria de falar, mas na verdade, a palavra me falta, amar, acredito eu que seja do tipo de coisa que só se sabe o que é quando você é uma das pontas do laço.

sábado, 1 de junho de 2013

Sou aquilo que me move.

Sou aquilo que me move, sou o vento que me leva. Sou o que me faz feliz. Sou aquilo que me deixa triste. Sou o despertar da noite escura, o grito assombroso do calar da noite. Sou o despertar do dia claro, o sussurro doce de um bom dia. Sou o ponto e o contra-ponto. O que é e o que foi. Sou aquilo que é e já deixou de ser. Sou o ser e o não ser. Sou a questão que não se responde. Sou o caminho, sou o onde. Onde se perde e se acha, o que caminha sem destino, que não se acha no caminho que sou. A volta e o começo, a repetição e o avesso. Sou o indo e o vindo, sou o aqui e o agora. Sou o que sou por ai à fora. Sou o que se acha, mas não se finda, aquilo que vai, caminha e ainda não se perde nesse caminhar confuso, aquele que não tem fuso e que se perde no passar das horas, que caminha entre os carros, deixa cigarros, bebida, que entra na noite escura e que não se move. Sou o vento que me aquieta, o que me entristece e me faz feliz. Que dorme na noite escura, que silencia os gritos da noite calma. Sou as revoltas de minha alma, o escárnio de um mal dia. O beijo doce que me cala, a noite fria que me esquece, os sonhos em branco que me deixam. Sou a busca incessante pelo que sou.