quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como sabes que amas?

Uma vez me perguntaram:

- Como sabes que me ama?

E eu não soube explicar, mas insistia dizer que amava, não sabia dizer como, mas amava. Quem estava certo? Aquele que não acreditava, ou aquele que insistia não saber?

terça-feira, 29 de junho de 2010

Passado

Estou me desvencilhando de tudo o que há de físico no meu passado. Já o que está na minha cabeça vai perdurar por um bom tempo, até que eu me engane e finja que esqueci.

domingo, 27 de junho de 2010

Alma minha

Alma velha. Amo meu filho antes mesmo de ele nascer. A existência está além do pragmatismo humano.

De origem não explicada, surgi. Talvez candura, talvez trevas. Um ou outro, tanto faz! Não sei se o choro foi de dor ou de alívio, a mim não compete classificações de sentimentos, apenas sinto-os. Apenas.

Alma velha, já nasci grande, grande por dentro. Até o momento em que dentro e fora se tornou um lado só. Um ser de um lado só, de diversos lados. Diversos. Sem classificações, sem juízos de valor ou realidade, só realidade, crua, fria, quente, nua.

A loucura tomou conta de mim, pois eu já não tomo conta dela há tempos.

Marcos Fernandes

domingo, 6 de junho de 2010

Fragmentos... o Prelúdio

A noite, assim como o dia, te mostra o medo e a desconfiança na raça humana. Seu corpo se dilatava nas mentiras contadas por quem fingia te amar. E você? Você fingia não escutar aquelas coisas assombrosas. E no auge dos pesadelos, era em mim que buscavas encontrar esperanças. Se teu corpo se arrastava por dias, era na esperança de encontrar luta em mim ao fechar teus olhos.



Fragmento de texto de autoria de Camila Buarque e Marcos Fernandes, O Prelúdio.