terça-feira, 28 de julho de 2009

A tristeza do não saber


Um dia ele chegou tão diferente, mas não do jeito que reza o Chico. Chegou assim bastante diferente de sempre chegar, tristeza era seu nome, ao menos seu apelido, já que sempre estava feliz. Ou será que ele é na verdade um bom farsante? E sendo assim, sua farsa foi abaixo. Não se sabia ao certo o que lhe abatera de tal forma tão arrebatador. O que se sabia, e é certo, pouco tempo levasse, não demoraria para que algo de desastroso acontecesse. Sua conduta mudara radicalmente, abandonando o normal estado de calma que lhe fora roubado pelo desastroso e não menos desconhecido acontecimento.
Todos realmente se questionavam por assistirem tal conduta, o que será que de fato acontecera para tamanha revolta. Debatia-se tal qual enfermo; chorava tal qual recém nascido; berrava como jamais se ouviu. Algo de súbito lhe ocorreu, justo na hora em que decidira se acalmar e abrir seu coração, tão pouco pode completar-lhe a frase: “Demasiado triste estou...”. A morte foi iminente, e fulminante.

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