terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Falso Moralismo

O mundo caminha para uma total inversão de valores, com direito a frases clichês de pessoas nostálgicas e ainda boas em sua essência, tais como: - "Não se fazem mais pessoas como antigamente!" A palavra e a questão é esta mesmo, fazer, fazer pessoas! Uma vez que se tem valores totalmente infundados, sem idéia de construção de família, do bem ao próximo, da boa vontade, dá fé em sua essência (a crença em si próprio ou das coisas que pode fazer para ser melhor e/ou das coisas que pode fazer aos outros que o cercam).
E tudo isso caminha para o desprezo que o ser humano tem consigo mesmo. Não como uma depressão coletiva, até porque esse desprezo é às vezes inconsciente, mas bastante relevante, que faz com que as pessoas entrem num processo de autoflagelação diária, contínua e bastante agressiva, que não é perceptível a si próprio, mas às vezes aos outros. E quando isso vem se tornar bastante evidente, a pessoa se vê em cima de uma cama, ou em inúmeras situações humanamente desagradáveis ou insuportáveis, repetindo incessantemente: - "O que eu fiz para merecer isso?!", - "Onde foi que eu errei?!" E então lembramos Shakespeare: "Morrer, dormir... Dormir! Talvez sonhar! É ai que bate o ponto! O não sabermos que sonhos poderão trazer o sono da morte, quando enfim desenrolarmos todo um passado cruel".
E nesse mundo de sonhos, começa-se a engajar em falsas ideologias, pregando o que não é, nem foi ou poderá ser um dia. Dizer de boca cheia que não se deve queimar matas, e jogar o fósforo que ascendeu o cigarro no chão, é o mesmo que procurar um prego solto no chão de uma sala escura: uma hora se acha, mas quando furar o pé pisando em cima dele.
E tudo isso, por ignorância talvez, ou por pura arrogância mesmo, muitos têm a idéia de falso poder, imaginando ter o aval de fazer o que se bem entende, e ainda assim lançar palavras de falsa modéstia e ter a enorme soberba quando lhe convém, de proferir a mais uma frase clichê: - "Você sabe com quem está falando?!" E o único ponto otimista é quando alguém tem a coragem de dizer: - "Sei... um pobre coitado!" E dentre tantos clichês, também virou clichê ser humano, o que se tenta agora é ser gente!

2 comentários:

  1. Olha eu aqui! To acompanhando e adorando! E pode ter certeza que darei sugestões de temas!
    Beijos

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  2. Fico muito feliz... acompanhe mesmo!
    Fico no aguado de suas sugestõs, que com certeza serão desafiadoras...

    Beijos e abraços

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